terça-feira, 9 de junho de 2009

Definição de Fundação de um Pavimento Rodoviário

“Considera-se fundação do pavimento, para além da camada de leito do pavimento, os terrenos subjacentes que condicionam o seu comportamento. Para efeito de dimensionamento devem analisar-se as características dos terrenos até à profundidade de 1 metro”.

Definição de Pavimento Rodoviário Semi-rígido

Pavimento semi-rígido - pavimento com camada superior em mistura betuminosa aplicada sobre uma ou diversas camadas de materiais tratadas com ligantes hidráulicos.


Definição de Pavimento Rodoviário Flexível

Pavimento flexível - pavimento não rígido (p. ex., pavimento constituído por macadame, betão betuminoso, etc.).

ou

Pavimento flexível - pavimento com camada de desgaste em mistura betuminosa, cuja camada de base é não tratada ou tratada por um ligante betuminoso.

Definição de Pavimento Rodoviário Rígido

Pavimento rígido - pavimento pouco deformável, constituído geralmente por betão cimento.

ou

Pavimento rígido - pavimento cuja camada de desgaste é constituída por um betão de cimento de elevada resistência.




Definição Pavimento Rodoviário

Pavimento - parte da estrada, rua ou pista que suporta além das acções climáticas o tráfego, transmitindo as respectivas solicitações à infra-estrutura: terreno, obras de arte, etc.

Construção:Zagope lidera consórcio português em concurso de 723ME.

Lisboa, 05 Abr (Lusa) - A Zagope lidera um consórcio de empresas portuguesas que está a concorrer às obras de extensão do Metro de Atenas, na Grécia, avaliadas em 723 milhões de euros, revelou hoje à agência Lusa o administrador-executivo da construtora.

Na segunda-feira, o consórcio foi admitido ao concurso para o primeiro dos quatros troços da obra, avaliado em 160 milhões de euros, a linha 3 Egalleu-Haidari, e terá agora de apresentar a proposta técnica e financeira até final de Maio.

Admitidos foram também sete outros agrupamentos, onde estão a espanhola FCC, a italiana Impregilo, aliada à Alstom, a Siemens, que surge com a Vinci, e ainda empresas gregas.

Segundo revelou hoje Leandro Aguiar, o consórcio português integra Zagope, Efacec e Tâmega, e, na maior das obras, avaliada em 350 milhões de euros, inclui também a construtora Soares da Costa.

A percentagem dos participantes no consórcio está ainda em aberto, e será definida em função do valor das componentes da obra (engenharia, construção, electromecânica) a atribuir a cada uma das empresas, adiantou o mesmo responsável.

Em qualquer caso, precisou, o acordo entre as empresas prevê que a Zagope seja líder do consórcio.

Para Aguiar, a concorrência "é forte", mas "as possibilidades são boas", até porque as obras subterrâneas e viárias "são a vocação" da Zagope, que tem estado envolvida também na extensão do Metro de Lisboa.

A expectativa do consórcio português é que o concurso esteja resolvido entre o final deste ano e o início de 2006, devendo as obras iniciar-se já no próximo ano.

A principal obra, na pré-qualificação da qual participará também a Soares da Costa, é a da linha 2, Aghios Antonios-Helliniko, com 5,5 quilómetros, que inclui um túnel, 4 estações subterrâneas e uma área de depósito de carruagens.

Para já, o consórcio português não está a preparar propostas para mais nenhum concurso do género, mas admite fazê-lo, estando atenta aos mercados europeu, do Norte de África, e, particularmente, dos Emiratos Árabes Unidos.

"Vamos ver primeiro como corre este concurso, depois começaremos a analisar propostas em outros países e mercados", afirmou o administrador da construtora detida pelo grupo brasileiro Andrade Gutierrez.

A Zagope tem vindo a especializar-se em obras subterrâneas, que representaram no ano passado cerca de 40 por cento da sua facturação de 154 milhões de euros, segundo adiantou o mesmo responsável.

De acordo com dados da associação AECOPS, a construtora ficou em terceiro lugar no ano passado no ranking das empresas que mais adjudicações de obras públicas receberam (107 milhões de euros), atrás da Tâmega e Somague.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Portugal ensina ao resto da Europa a transformar pneus velhos em asfalto

Um projecto do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) para reutilizar pneus velhos no fabrico de asfalto está a ser apresentado esta semana na Eslovénia como um exemplo a seguir por outros países europeus.

O projecto foi um dos escolhidos pela segunda Conferência Europeia em Investigação nos Transportes Rodoviários (European Road Transport Research - Arena TRA2008) e coube a Maria de Lurdes Antunes, investigadora do LNEC, o papel de representar o país naquele que é o principal fórum europeu que junta políticos, empresários e estudiosos em questões relacionadas com o ambiente e transporte.

Segundo esta investigadora, Portugal é "um dos primeiros países europeus" a utilizar restos de pneus velhos no fabrico de asfalto, juntamente com betume e outros inertes.

"Usamos borracha de pneus utilizados no agregado final", procurando encontrar uma "forma original de reutilizar" estes resíduos mas acaba por ser uma "solução técnica final mais vantajosa".

O asfalto com borracha de pneus é mais durável, mais resistente e provoca menos ruído, explicou Maria de Lurdes Antunes.

Em 1999, na zona de Santo Tirso, foi instalado o primeiro piso deste tipo num projecto considerado pioneiro a nível europeu, recordou a investigador do LNEC, instituição que tem tutelado a aplicação desta tecnologia.

Agora, quase uma década depois, Portugal "tem muitos dados" sobre a durabilidade e resistência deste tipo asfalto que, apesar de mais caro, permite estradas mais amigas do ambiente.

E foi a implementação desta tecnologia que levou Portugal ao papel de parceiro num novo projecto comunitário, denominado DirectMat, que visa elaborar uma espécie de "guia de boas práticas" para os construtores civis na reparação de estradas.

A utilização de resíduos e inertes nas estradas, como asfalto já danificado, e a diminuição dos custos ambientais são os objectivos principais deste projecto, que irá incluir uma "base de dados com todos os desenvolvimentos" técnicos que permitam minimizar os danos das intervenções.

"Nem sempre as novas tecnologias são do conhecimento dos construtores" pelo que uma equipa de investigadores europeus estão a compilar essa base de dados, cabendo ao LNEC incluir os dados relativos às misturas betuminosas, acrescentou.

Além do LNEC, na Eslovénia estão expostos outros trabalhos de investigadores portugueses, como é o caso de uma equipa da Universidade de Coimbra, que inclui Álvaro Seco, Ana Silva e Carla Galvão.

Este projecto conta com modelos de gestão da velocidade máxima das estradas de acordo com o ambiente envolvente, quer de acordo com as características do piso e do território mas também em relação a questões como os fluxos humanos.

Fonte: Publico.PT - Lusa