Lisboa, 05 Abr (Lusa) - A Zagope lidera um consórcio de empresas portuguesas que está a concorrer às obras de extensão do Metro de Atenas, na Grécia, avaliadas em 723 milhões de euros, revelou hoje à agência Lusa o administrador-executivo da construtora.
Na segunda-feira, o consórcio foi admitido ao concurso para o primeiro dos quatros troços da obra, avaliado em 160 milhões de euros, a linha 3 Egalleu-Haidari, e terá agora de apresentar a proposta técnica e financeira até final de Maio.
Admitidos foram também sete outros agrupamentos, onde estão a espanhola FCC, a italiana Impregilo, aliada à Alstom, a Siemens, que surge com a Vinci, e ainda empresas gregas.
Segundo revelou hoje Leandro Aguiar, o consórcio português integra Zagope, Efacec e Tâmega, e, na maior das obras, avaliada em 350 milhões de euros, inclui também a construtora Soares da Costa.
A percentagem dos participantes no consórcio está ainda em aberto, e será definida em função do valor das componentes da obra (engenharia, construção, electromecânica) a atribuir a cada uma das empresas, adiantou o mesmo responsável.
Em qualquer caso, precisou, o acordo entre as empresas prevê que a Zagope seja líder do consórcio.
Para Aguiar, a concorrência "é forte", mas "as possibilidades são boas", até porque as obras subterrâneas e viárias "são a vocação" da Zagope, que tem estado envolvida também na extensão do Metro de Lisboa.
A expectativa do consórcio português é que o concurso esteja resolvido entre o final deste ano e o início de 2006, devendo as obras iniciar-se já no próximo ano.
A principal obra, na pré-qualificação da qual participará também a Soares da Costa, é a da linha 2, Aghios Antonios-Helliniko, com 5,5 quilómetros, que inclui um túnel, 4 estações subterrâneas e uma área de depósito de carruagens.
Para já, o consórcio português não está a preparar propostas para mais nenhum concurso do género, mas admite fazê-lo, estando atenta aos mercados europeu, do Norte de África, e, particularmente, dos Emiratos Árabes Unidos.
"Vamos ver primeiro como corre este concurso, depois começaremos a analisar propostas em outros países e mercados", afirmou o administrador da construtora detida pelo grupo brasileiro Andrade Gutierrez.
A Zagope tem vindo a especializar-se em obras subterrâneas, que representaram no ano passado cerca de 40 por cento da sua facturação de 154 milhões de euros, segundo adiantou o mesmo responsável.
De acordo com dados da associação AECOPS, a construtora ficou em terceiro lugar no ano passado no ranking das empresas que mais adjudicações de obras públicas receberam (107 milhões de euros), atrás da Tâmega e Somague.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário